A Praça Luís de Camões é um dos espaços mais emblemáticos da cidade da Guarda, desde a época Medieval. Reza a lenda que logo em 1202, com a transferência da sede da diocese de Idanha-a-Velha para a Guarda, D. Sancho I terá aqui mandado edificar a primeira Sé da cidade. Já no século XIV o local volta a ser escolhido, para a construção da atual Catedral da cidade.
Hoje encontramos uma ampla Praça, delimitada por um magnífico enquadramento de edifícios, de diversas épocas e estilos. A sul domina a majestade gótica da Sé, a norte a praça é fechada por um conjunto de edifícios do séc. XVII, de dois pisos com alpendre, que popularmente é conhecido como o Edifício dos Balcões. Já no lado nascente é de salientar o edifício dos antigos Paços do Concelho, do séc. XVII com belas gárgulas e algumas esferas armilares. No lado poente encontra-se o “Solar” dos Póvoas, também datado do séc. XVII. Merecem ainda referência a estátua do Rei D. Sancho I, o fundador da cidade, localizada junto à Sé Catedral. Por fim o Solar de Alarcão, datado do séc. XVII, e que compreende um imóvel solarengo e uma capela.
Em termos de toponímia este espaço é designado de Praça, depois de nobilitado pela presença da Catedral. Com a realização da feira passa a ser conhecida como Praça do Mercado. Passou, depois, a chamar-se Praça Velha, quando o Município inaugurou a nova Praça do Mercado.
A 10 de Junho de 1880, aquando dos festejos do tricentenário da morte do grande vate da literatura portuguesa, os guardenses resolveram homenageá-lo, atribuindo o nome de Luís de Camões à Praça.
Adaptação de texto original de Alcina Cameijo