De origem medieval, a Igreja de São Vicente foi reedificada no ano de 1790, pelo Bispo D. Jerónimo Carvalhal e Silva.
Renovada no universo religioso tridentino, possui uma planta simples e uma grande sobriedade exterior. É neste último, que se destacam as duas imponentes torres sineiras, (que ladeiam o edifício), o portal decorado e o orgulhoso brasão episcopal, com as armas de D. Jerónimo. Esta simplicidade exterior, em nada deixa antever a exuberante decoração do interior, constituída pela perfeita união, entre a talha dourada policromada e o azulejo rococó.
Na nave única, para além do barroco representado no altar-mor e nos dois púlpitos (de talha dourada), são de destacar os riquíssimos painéis de azulejos figurativos. Estes cobrem as paredes da igreja, numa sequência lógica, transformando as paredes da igreja em suporte de mensagens religiosas. Na capela-mor, estão representadas cenas relacionadas com os Passos da Paixão. A nave exibe vários episódios, da Vida da Virgem Maria, enquanto os painéis da capela batismal, versam a temática do Batismo de Cristo.
A igreja de São Vicente, situa-se bem no centro histórico da cidade da Guarda.
Adaptação de texto original de Alcina Cameijo