O conjunto arquitetónico edificado composto pelo Paço Episcopal e Seminário, estava localizado extramuros da fortificação. Foi nas primeiras décadas do século XVII, que durante o domínio filipino, que se inscreve, do ponto de vista arquitetónico, na corrente estética da Contrarreforma. Revela em termos de filiações estilísticas, influências eruditas clássicas, cuja especificidade se enquadram a planimetria em forma de U. O decorrente pátio interior e o recurso estrutural, ao arco de volta perfeita na planta térrea.
Apresenta-se como o mais significativo e emblemático edifício, do período Moderno na cidade da Guarda. Constitui-se como Símbolo do poder, e autoridade religiosa da época e sob patrocínio de Filipe II. Exibe uma planta em U, que ocupa todo o quarteirão. Inclui para além do Paço Episcopal (atualmente Paço da Cultura), uma capela ao centro e o antigo Seminário Episcopal. É neste último, onde se encontra instalado, desde 1940, o Museu da Guarda, o qual possui um imenso, variado e valiosíssimo acervo.
Este conjunto é notável pelas suas vastas proporções. Caracteriza-se pela austeridade formal de linhas despojadas, frias e límpidas. Os raros ornamentos dizem respeito às armas do bispo e a elementos, que enquadram inscrições no portal principal, bem como no cunhal da fachada.
Apresenta no seu interior pátios com alpendre, onde se destacam as colunas de capitel jónico e a cornija saliente, com gárgulas de canhão. Na fachada do templo, evidencia-se o nicho e os dois janelões que a decoram.
Adaptação de texto original de Alcina Cameijo