Desde muito cedo que a Civitas de Aguarda, (como a cidade é referida na Carta de Foral, outorgada por D. Sancho I, em 1199) terá tido um papel fundamental na organização do território regional. Desempenhando o seu castelo, um centro geoestratégico, fundamental na defesa das fronteiras, do Reino com Castela.
As muralhas, construídas em cantaria de granito, apresentavam um traçado irregular, adaptado ao terreno em acentuado declive e constituíam a primeira linha de defesa da jovem cidade. Estas eram rasgadas por cinco portas, das quais restam três: a Porta da Erva, a Porta dos Ferreiros e a Porta D’El Rei.
A construção desta última porta, deverá datar do século XIII e localiza-se no pano de muralha virado a Oeste. Dando acesso a um pequeno arrabalde, onde se localizaria a desaparecida Capela do Espírito Santo. Nas proximidades desta porta, localizava-se a judiaria medieval da cidade.
Em termos arquitetónicos, esta porta é rasgada em arco, apontado assente em impostas salientes. Apresenta moldura formada pelas aduelas. O intradorso forma um arco mais amplo, com o mesmo tipo de perfil, mas sem impostas.
A Porta D’EL Rei situa-se na rua de São Vicente, bem no centro histórico da cidade da Guarda.
Adaptação de texto original de Alcina Cameijo